Princípios

Os Princípios da Estruturas Libertadoras guiam nosso comportamento quando decidimos que temos um compromisso uns aos outros.

Os dez Princípios de liderança abaixo destacam o que se torna possível quando as Estruturas Libertadoras são utilizadas para estruturar as interações cotidianas. Interações cotidianas, ou diárias, significam reuniões, conversas individuais, iniciativas de mudança e interações com clientes. Princípios são regras que governam como podemos escolher nos relacionar com os outros. São declarações de nossas crenças sobre o que ajuda a criar grandes organizações.

Tentamos viver a partir dos princípios, aos ‘trancos e barrancos’ das mudanças transformadoras.

“Nós definimos princípios como regras que governam a forma como escolhemos nos relacionar com os outros e declarações de nossas crenças sobre o que ajuda a criar grandes organizações.”

  1. Incluir e libertar a todos
  2. Praticar profundo respeito pelas pessoas e soluções locais
  3. Construir confiança ao longo do caminho
  4. Aprender falhando (caindo para frente)
  5. Praticar a auto-descoberta a partir do grupo
  6. Amplificar liberdade E responsabilidade
  7. Dar ênfase às possibilidades: Crer pra ver
  8. Convidar a destruição criativa para possibilitar a inovação
  9. Engajar em uma curiosidade seriamente-divertida
  10. Jamais começar sem um propósito claro

Princípios em Ação

As Estruturas Libertadoras ganham vida através de engajamento ativo na prática. Abaixo, na coluna do meio, estão declarações sobre o que é valorizado, mas não é praticado com frequência, porque as estruturas convencionais tornam muito difícil. Estas declarações nós chamamos de Devemos Fazer para enfatizar e guiar a ação e o comportamento. Chamamos os valores casados porque freqüentemente encontramos, em nosso campo de trabalho, uma lacuna entre o que é dito e o que é feito.

Passamos a acreditar que as pessoas desejam incluir e liberar produtivamente a todos, mas não sabem como. Usando as Estruturas Libertadoras se torna relativamente fácil e prático começar a viver este princípio de forma mais inteira e completa.

Na coluna da direita, há declarações que descrevem comportamentos e práticas comuns. Estas declarações nós chamamos de Não Devemos Fazer para enfatizar que elas sufocam inclusão, confiança e inovação. Nós as caracterizamos como despercebidas ou como ‘piloto automático’, porque elas são frequentemente hábitos não examinados – tão familiares que são facilmente esquecidos. (Se são notadas, é por pessoas que são excluídas através de sua prática). O uso de Estruturas Libertadoras torna relativamente fácil e prático interromper esses comportamentos. Princípios das EL (pdf)

O que é possível quando as Estruturas Libertadoras são parte das interações cotidianas
Como nos comportamos quando decidimos que nós estamos juntos uns aos outros

Princípio

Devemos Fazer Não Devemos Fazer

Quando EL são parte das interações cotidianas, é possível:

Muitas vezes valorizados e abraçados, mas nem sempre praticados. EL tornam possível COMEÇAR ou AMPLIFICAR essa práticas Muitas vezes despercebidos, ou comportamentos em ‘piloto automático’. EL tornam possível PARAR ou REDUZIR estas práticas.
1. Incluir e Liberar a Todos Convide a todos tocados por um desafio a compartilhar soluções possíveis ou criar novas abordagens juntos. Alcançar ativamente através de silos e níveis, indo além dos ‘mesmos de sempre’. Aponte apenas alguns para projetar uma “solução elegante” e então diga a todos os outros para implementa-la de verdade.Enfrente a resistência com horas de apresentação PowerPoint.Force os outros a ‘comprar a ideia’.Separe quem decide de quem faz.
2. Praticar profundo respeito pelas pessoas e soluções locais Engaje a todos que fazem o trabalho e conhecem o contexto local. Confie e libere a especialidade e inventividade coletivas para solucionar desafios complexos. Se liberte da compulsão por controle. Importe as melhores práticas, direcione a ‘compra da ideia’ (buy-in), ou pressuponha que as pessoas precisam de mais treinamento.Valorize os especialistas e sistemas computadorizados ao invés de pessoas locais que possuem conhecimento de causa (know-how).
3. Construir Confiança ao longo do caminho Cultive um clima de confiança no grupo onde falar a verdade é valorizada e compartilhar o empoderamento é o objetivo.Peneire ideias e tome decisões usando a contribuição de todos. Pratique: “Nada sobre mim sem mim.” Seja um líder E um liderado. Controle ou ajude em excesso o trabalho dos outros.Elogie e finja seguir as ideias de colegas. Indiretamente, responda as ideias dos outros com cinismo, ridicularizando, criticando ou punindo.
4. Aprender falhando (caindo para frente) Faça uma revisão a cada passo. Torne seguro falar. Descubra variações positivas. Inclua e liberte os clientes conforme inova. Assuma pequenos riscos rapidamente reduzindo o tempo entre as tentativas. Focar no fazer e decidir. Evitar conversas difíceis e encobrir falhas. Punir os que assumem riscos quando surpresas desconhecidas surgirem.
5. Praticar a auto-descoberta a partir do grupo Envolver grupos ao máximo grau em descobrir suas próprias soluções. Aumentar a diversidade para estimular a criatividade, ampliar o potencial de soluções, e enriquecer a aprendizagem entre pares (peer-to-peer). Encoraje as experiências em múltiplos caminhos. Impor soluções a partir do topo.Permita que especialistas “eduquem” e digam às pessoas o que fazer. Pressupor que as pessoas resistem à mudança de qualquer maneira. Substituir conversas por avisos plastificados. Excluir pessoas da linha de frente dos processos de  inovação.
6. Amplificar liberdade E responsabilidade Especifique as limitações mínimas e se liberte do controle em excesso.Use o poder de convite.Privilegie experimentos rápidos ao invés do ‘jogo seguro’.Acompanhe o progresso rigorosamente e compartilhe os resultados com todos.Convide a linha-de-frente para criar as métricas de performance.Celebre os erros como fontes de progresso. Libere as pessoas sem nenhuma estrutura, tal como um propósito claro ou especificações mínimas. Deixe as regras e os procedimentos sufocarem as iniciativas.Ignore o valor das pessoas entenderem como o trabalho delas afeta os outros.Mantenha o pessoal da linha-de-frente ‘no escuro,’ sem dados de desempenho o grupo.
7. Dar ênfase às possibilidades: crer pra ver Exponha o que está funcionando bem. Foco no que pode ser realizado agora com a imaginação e materiais à mão. Dê os próximos passos em direção aos limites da criatividade e renovação. Concentre-se no que está errado. Espere todas as barreiras diminuirem ou pelas condições ideais emergirem.Trabalhe em mudar o todo sistema de uma só vez.
8. Convidar a destruição criativa para possibilitar a inovação Convoque conversas sobre o que está impedindo as pessoas de trabalharem sobre a essência do seu trabalho. Remova as barreiras, mesmo quando parece ser uma heresia. Facilite as pessoas a lidar com seus medos. Evite ou adie a parada de comportamentos, práticas e políticas que se revelam como barreiras. Pressuponha que obstáculos não importam ou não podem ser removidos.
9. Engajar em uma curiosidade seriamente divertida. Agite as coisas – com indiscrição, com questões paradoxais, e com improviso – para desencadear uma profunda exploração de práticas atuais e inovações latentes. Faça com que o trabalho em conjunto seja exigente e convidativo. Mantenha as coisas simples, decidindo antecipadamente quais soluções devem acontecer. Controle todas as conversas.Faça apenas perguntas fechadas de sim e não. Faça com que o trabalho em conjunto seja penoso.
10. Nunca começar sem um propósito claro Investigue profundamente o que é importante e significativo para você e para os outros. Use Nine Whys rotineiramente. Leve o tempo necessário para incluir todos na elaboração de uma declaração inequívoca da necessidade mais profunda de seu trabalho. Manter a ambigüidade usando jargões. Substituir um seguro objetivo de curto prazo por uma ousada razão de se existir.Impor seu propósito sobre os outros.

 

Arquivo PPT prático com Princípios + Devemos Fazer e Não Devemos Fazer em slides individuais.

Muitos praticantes de EL sugeriram que o projeto de pesquisa de Aristóteles realizado no Google ajuda a explicar a ciência por trás da EL. Leia sobre o Projeto Aristóteles aqui.

Estruturas Libertadoras foram desenvolvidas por Henri Lipmanowicz e Keith McCandless.

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