Inovação Disruptiva

O que é aceito não é mais válido; o que é válido ainda não é aceito. – Jamshid Gharajedaghi

As Estruturas Libertadoras (ELs) promovem de forma produtiva a disrupção da forma de como trabalhamos juntos. Elas mudam radicalmente a forma com que os resultados são gerados sem grandes investimento, treinamentos complicados ou incrementos dramáticos em macroestruturas.

As Estruturas Libertadoras substituem, de forma simples e sem custo, as microestruturas convencionais que usamos diariamente. O mercado de engajamento de pessoas jamais será o mesmo. ELs não são apenas para líderes e especialistas em mudança, mas para ser aplicada por qualquer pessoa dentro da organização.

ELs não refletem as “melhores práticas” e que precisam ser impostas para toda a organização. Elas não dependem de grandes e contínuos investimentos para que as pessoas estejam aptas a mudar seus próprios comportamentos. Elas são, na verdade, um conjunto simples de microestruturas a partir das quais pessoas e grupos se tornam mais aptos a escolher o que combina e o que não combina com o seu estilo. Misturando e combinando cada uma delas, ganham então uma forma flexível de endereçar os desafios que têm em mãos.

ELs são fáceis de se aprender. É possível de se estruturar e aplicar uma EL em menos de uma hora.

Quando ELs são introduzidas, geralmente as cinco grande abordagens convencionais que as pessoas utilizando o tempo todo (apresentações, discussões abertas, discussões mediadas, reuniões de status report e brainstorms) se tornam menos atrativas ou inválidas até.

Quando os usuários levam a sério o aspecto da “libertação” das ELs e se focam na expansão do seu repertório, Maestros relatam uma progressão em diferentes estágios. Cada estágio, ao mesmo tempo que transcende o anterior, o inclui (Wilber, 2008). Como tem sido sua jornada de transformação?

 

As microestruturas são surpreendentemente simples e ao mesmo tempo poderosas (Thiel, 2014)

Assim como acontece com todas as inovações disruptivas, elas não são esperadas por ninguém. Em geral produzem resultados que ninguém imaginava. Mudanças na forma como as pessoas interagem podem imediatamente engajar a todos para pensar livremente sobre o futuro. Pequenas mudanças podem levar a resultados inovadores. As ELs abrem para seus participantes um enorme mundo de possibilidades, de conhecimentos ainda não mobilizados e de sinergia para a mudança.

Estamos em busca de menos porém mais poderosas e interessantes possibilidades. O repertório das ELs é uma curadoria muito cuidadosa.

Acima: Investimentos convencionais focam no desenvolvimento de competências básicas com líderes/gestores e treinamentos avançados com experts (ex.: metodologias Lean, capacitação em facilitação, change management). As demais pessoas – a ampla maioria – não são envolvidas em processos de aprendizagem sobre como construir seu futuro em conjunto

Acima: Por outro lado, as ELs tornam o processo de envolvimento e desenvolvimento das pessoas nessas competências competências mais fácil e prático, sem a necessidade de longos treinamentos. Por “pessoas” estamos nos referindo a líderes, equipes e clientes/consumidores.

É possível de promover disrupções produtivas em todos tipo de contexto: atividades rotineiras, grandes projetos, em estratégias e processos de transformação

Bônus: usuários de ELs têm reportado que as ELs podem ser usadas de forma complementar a metodologias Lean e de Design Thinking.

Praticantes das metodologias Lean têm conseguido integrar com sucesso as ferramentas das ELs em seu trabalho. Tem sido comum eles empregarem as ELs como instrumento para coordenar as relações entre pessoas e grupos, em complemento às melhorias técnicas e as atividades de mapeamento de fluxo de valor.

Facilitadores de Design Thinking também vêem as ELs em complementariedade. ELs têm ajudado leigos a partiparem de forma mais integrada em observações etnográficas e rodadas de prototipação.

Tanto em metodologias Lean como nas de Design Thinking, ELs são uma poderosa ferramenta no sentido de liberar a criatividade e tornar a participação mais distribuída, em qualquer nível das organizações. É possível envolver muitas pessoas sem necessidade de grandes investimentos em treinamento.

Eu não entendo porque pessoas têm medo de novas ideias. Eu tenho medo é das antigas. John Cage

Teste Rápido

Sua equipe, comunidade, ou liderança está com algum desafio em que as Estruturas Libertadoras poderiam ser aplicadas? Responda as questões abaixo e descubra:

  • Ao reunir as pessoas, você tem a sensação de que as coisas fogem do controle rapidamente?
  • Pessoas importantes na sua organização têm grandes diferenças em termos de poder e informação?
  • O atingimento das metas envolve o trabalho em conjunto de pessoas muito diferentes, com modelos mentais diferentes?
  • A coordenação entre as pessoas em alguns pontos e momentos está fraca ou solta?
  • As orientações gerais são tão imprecisas a ponto de dificultar a ação das equipes locais e/ou do time de frente?
  • Você está com dificuldades em integrar os resultados de diversas equipes e frentes de trabalho, impedindo que esses ganhos beneficiem coletivamente a organização?
  • A despeito da existência de uma estrutura organização, dificilmente você vê áreas intercambiando boas práticas entre si?
  • Geralmente temos dificuldade em identificar e registrar os gaps, reduzindo as oportunidades de descobrir o que de fato aconteceu e fazer certo da próxima vez?
  • É comum uma lógica surgir inesperadamente da confusão, apesar da existência de mecanismos criados para cuidar da visão/missão do grupo, de coordenação rígida entre as partes/pessoas e dos processos de comunicação e alinhamento entre todos?

Para muitas pessoas, uma boa parte de seu trabalho se encaixa nesse perfil. Se você respondeu “sim” à maioria dessas perguntas, possivelmente as Estruturas Libertadoras podem trazer benefícios a você e ao seu grupo/organização.

Vide conceito de hólon (WILBER, Ken. A visão integral. São Paulo: Cultrix, 2008)
Vide THIEL, Peter; MASTERS, Blake. De zero a um. São Paulo: Objetiva, 2014

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